Resultados do 3T25: Itaú dispara, Bradesco reage e Banco do Brasil preocupa investidores

Resultados do 3T25: Itaú dispara, Bradesco reage e Banco do Brasil preocupa investidores

Publicado em 24 de novembro de 2025 — Por Anderson Nascimento

Imagine que você tem três amigos: um está voando alto, outro está se recuperando de uma queda feia, e o terceiro está atolado em dívidas. Essa é, basicamente, a situação dos três gigantes bancários do Brasil — Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) — após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025.

Num país onde o setor bancário é um dos pilares da economia, entender o desempenho dessas instituições é mais do que curiosidade: é uma necessidade. Afinal, eles influenciam desde o crédito que você busca para comprar um carro até os rendimentos da sua aposentadoria. E os números mais recentes mostram que o jogo virou — para alguns, para melhor; para outros, nem tanto.

Itaú: O aluno nota 10 da turma

O Itaú Unibanco segue como o queridinho do mercado. Com um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 23,3%, o banco não apenas superou seus concorrentes, como também reforçou sua posição de liderança. A carteira de crédito ultrapassou R$ 1,4 trilhão, e a inadimplência acima de 90 dias se manteve em 1,9%, sinal de uma gestão de risco afiada InfoMoney.

Isso é como aquele amigo que sempre entrega os trabalhos antes do prazo, tira nota máxima e ainda ajuda os outros. O Itaú não apenas performa bem, mas também transmite confiança. Segundo a Genial Investimentos, o banco apresentou um resultado “equilibrado, sem grandes surpresas, mas com consistência” InfoMoney.

E consistência, em tempos de incerteza econômica, é ouro.

Bradesco: A recuperação que ninguém esperava

O Bradesco, por outro lado, está naquela fase de reabilitação. Depois de um 2024 turbulento, o banco começou a mostrar sinais de melhora. O lucro cresceu, a carteira de crédito avançou e a qualidade dos ativos deu uma respirada. Ainda não é o desempenho dos sonhos, mas é como aquele aluno que estava em recuperação e agora começa a tirar notas medianas — ainda longe do topo, mas já fora do buraco InfoMoney.

O papel do Bradesco subiu mais de 70% no ano, o que mostra que o mercado está apostando na virada. Segundo o portal Money Times, há “maior confiança de que a recuperação já é uma realidade” Money Times.

Mas atenção: recuperação não é garantia de sucesso. É preciso acompanhar os próximos trimestres com lupa.

Banco do Brasil: O alerta vermelho

E aí vem o BBAS3, o Banco do Brasil, que vive um momento delicado. O lucro caiu 60% em relação ao mesmo período de 2024, e o ROE despencou para 8,5%. O principal vilão? A carteira agro, que continua se deteriorando e preocupa analistas InfoMoney.

É como aquele aluno que sempre foi bom, mas começou a faltar às aulas, perdeu o foco e agora está com risco de reprovação. O setor agro, que deveria ser um motor de crescimento, virou um peso. E isso levanta uma questão: será que o modelo do BB está obsoleto?

Segundo análise da Ideal Business School, o banco enfrenta “desafios estruturais que exigem revisão estratégica” idealbusinessschool.com.br.

O que esses resultados dizem sobre o setor bancário?

O setor bancário brasileiro está operando em três velocidades:

  • Alta performance (Itaú): gestão eficiente, foco em crédito de qualidade e controle de inadimplência.
  • Recuperação (Bradesco): ajustes internos, melhora gradual e confiança do mercado.
  • Pressão (Banco do Brasil): impacto do agro, queda de rentabilidade e necessidade de revisão estratégica.

Essa disparidade mostra que, mesmo em um setor tradicionalmente sólido, a gestão faz toda a diferença. E para o investidor, isso é um sinal claro: não dá para tratar todos os bancos como iguais.

Onde está o seu dinheiro?

Se você tem ações de bancos ou pensa em investir, é hora de refletir:

  • Você está apostando em consistência ou em recuperação?
  • Está preparado para os riscos do setor agro?
  • Entende o impacto da inadimplência na rentabilidade?

Investir em bancos é como escolher um time para jogar uma final: você quer aquele que está em forma, com estratégia clara e histórico de vitórias. O Itaú parece ser esse time. O Bradesco pode surpreender. O Banco do Brasil precisa de reforços.

Fontes confiáveis e recentes

  1. InfoMoney — BBAS3, BBDC4 e ITUB4: resultados do 3T25 redefinem perspectivas dos bancos
  2. Money Times — BBDC4, ITUB4, BBAS3, SANB11, BPAC11: Os ganhadores e os perdedores do 3T25
  3. Ideal Business School — Resultados do 3T25 mostram liderança do Itaú e desafios do Banco do Brasil

FAQ: Perguntas que você pode estar se fazendo

1. O que é ROE e por que ele importa?
ROE é o retorno sobre o patrimônio líquido. Ele mostra quanto o banco está lucrando em relação ao que os acionistas investiram. Quanto maior, melhor.

2. Por que o setor agro afeta tanto o Banco do Brasil?
O BB tem forte exposição ao crédito rural. Quando o agro sofre, a inadimplência aumenta e o lucro despenca.

3. Vale a pena investir em ações de bancos agora?
Depende do seu perfil. Itaú é mais seguro, Bradesco é aposta de recuperação, e BBAS3 exige cautela.

4. A inadimplência está sob controle?
No Itaú, sim — 1,9%. No Bradesco, está melhorando. No BB, o agro ainda pressiona.

5. Qual banco tem maior potencial de valorização?
Bradesco pode surpreender, mas Itaú oferece mais estabilidade. BBAS3 precisa de mudanças profundas.

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