Publicado em 22 de novembro de 2025 — Por Anderson Nascimento
Se você investe em fundos imobiliários, provavelmente já está se perguntando: “O que está acontecendo com o VGHF11?”. Nos últimos meses, esse fundo base 10, que antes era visto como uma alternativa sólida e diversificada, acabou se tornando motivo de dúvida, debate e até frustração
Neste artigo, vamos analisar os dados mais recentes, ouvir o que os principais analistas estão dizendo e entender o que esperar do fundo em 2026. Tudo isso com uma linguagem direta, como se estivéssemos tomando um café e conversando sobre dinheiro — sem enrolação, sem jargões.
O desempenho recente: dividendos em queda e alerta no mercado
Em novembro de 2025, o VGHF11 anunciou o pagamento de apenas R$ 0,07 por cota, o menor valor desde sua estreia em março de 2021 arevista.com.br. Isso acendeu um sinal de alerta entre os cotistas, especialmente porque o fundo vinha mantendo uma média de distribuição mais robusta nos meses anteriores.
Segundo matéria da Status Invest, esse valor representa um dividend yield mensal de apenas 0,92%, com cotação de R$ 7,60 Status Invest. Para quem busca renda passiva, esse número é decepcionante.
A Revista A também destacou que a queda nos rendimentos está diretamente ligada à alta da Selic e ao IPCA negativo, que afetam os CRIs indexados à inflação e pressionam a estratégia do fundo arevista.com.br.
Estratégia do VGHF11: multiestratégia ou confusão?
O VGHF11 é um fundo multiestratégia, ou seja, ele investe em diferentes tipos de ativos: cotas de outros FIIs, CRIs, fundos de crédito e até ativos de renda fixa.
Na teoria, isso oferece diversificação e proteção contra oscilações. Na prática, porém, essa abordagem tem gerado críticas. Muitos analistas apontam que o fundo não tem conseguido entregar consistência, justamente por tentar abraçar demais.
O canal Investidor 10 comentou em vídeo recente que o VGHF11 “parece estar em busca de identidade”, e que a gestão precisa ser mais clara sobre os objetivos e critérios de alocação.
O que os analistas estão dizendo?
ClubFII
O ClubFII destacou que o VGHF11 está passando por um momento de ajuste estratégico. Segundo eles, o fundo ainda tem potencial, mas precisa rever sua exposição a ativos indexados ao IPCA, que estão sofrendo com a deflação e a política monetária atual.
Investidor 10
A análise do Investidor 10 foi mais crítica. Eles apontam que o fundo perdeu atratividade para quem busca renda mensal, e que a gestão precisa ser mais transparente sobre os riscos e as decisões de portfólio.
Status Invest
A matéria da Status Invest reforça que o fundo ainda mantém a política de rendimentos isentos de IR para pessoas físicas, o que é um ponto positivo. Mas alerta que o cenário macroeconômico não favorece a estratégia atual do VGHF11 Status Invest.
Fundo Explore
O Fundo Explore fez uma análise mais otimista, dizendo que o momento atual pode ser uma oportunidade de entrada para quem pensa no longo prazo. Eles destacam que o fundo está negociando abaixo do valor patrimonial e que a diversificação pode ser um trunfo em 2026.
Pontos fortes e fracos do VGHF11
Pontos fortes
- Diversificação de ativos: exposição a diferentes segmentos pode proteger contra choques específicos.
- Gestão ativa: o fundo tem liberdade para ajustar a carteira conforme o cenário.
- Isenção de IR para pessoa física: mantém atratividade tributária.
Pontos fracos
- Baixa previsibilidade de rendimentos: dividendos variam muito mês a mês.
- Exposição ao IPCA: em momentos de inflação negativa, isso prejudica os CRIs.
- Falta de clareza estratégica: investidores reclamam da comunicação da gestão.
O que esperar em 2026?
O cenário para 2026 ainda é incerto, mas algumas tendências já se desenham:
- Selic em queda: se a taxa básica começar a cair, os ativos de crédito podem se valorizar.
- Inflação estabilizada: isso pode ajudar os CRIs indexados ao IPCA a voltarem a entregar bons retornos.
- Revisão de portfólio: espera-se que a gestão do VGHF11 faça ajustes para melhorar a previsibilidade dos rendimentos.
Minha opinião? O fundo vem pagando dividendos ótimos, mesmo com a queda de R$ 0,07 é 1% ao mês. Porém ficou concentrado no CRI da Helbor, que é em torno de 10% do PL. Inclusive, o VGIR11 também tem CRIs da Helbor.
Investir no VGHF11 hoje é como comprar um carro usado que precisa de revisão. Ele tem potencial, mas exige paciência e confiança na oficina (gestão).
É diferente de um fundo de tijolo, que você vê o imóvel e entende o fluxo. O VGHF11 é mais abstrato, mais técnico — e por isso, mais difícil de acompanhar para o investidor iniciante.
O CRIs que deram problemas são o Selina que continua marcado a ZERO na carteira do Fundo, ou seja, chance de recuperção remota. A venda dos terrenos referentes ao CRIs Guaicurus que seguem movimentação.
Todos esses fatores impactaram o resultado ena cota, levando para baixo. O fundo apresenta um bom deságio e possui um Patrimônio Líquido (PL) de um pouco mais de R$ 1 bilhão, e entorno de 400 mil cotistas. Embora possua riscos inerentes, a tolerância de risco varia conforme o perfil de cada investidor. Em última análise, a decisão se resume à análise de risco versus retorno.
Este artigo tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento. Sempre consulte um profissional qualificado antes de tomar decisões financeiras.
Fontes:
- Revista A — “VGHF11 paga o menor dividendo da história: Selic alta e IPCA negativo derrubam rendimentos do fundo” (4 de novembro de 2025). Leia aqui arevista.com.br
- Status Invest — “VGHF11 anuncia menor dividendo da história; veja quanto” (3 de novembro de 2025). Leia aqui Status Invest
- YouTube — Investidor 10 — “VGHF11 Vale a Pena em 2025? Dividendos, Riscos e Análise Completa” (19 de novembro de 2025). Assista aqui YouTube
FAQ — Perguntas Frequentes
1. O VGHF11 ainda vale a pena?
Depende do seu perfil. Para quem busca longo prazo e aceita volatilidade, pode ser uma oportunidade.
2. Por que os dividendos caíram tanto?
Por causa da alta da Selic, IPCA negativo e composição da carteira com ativos que sofreram com o cenário atual.
3. O fundo está em risco de falência?
Não. A queda nos rendimentos é conjuntural, não estrutural.
4. O que esperar em 2026?
Possível recuperação com queda da Selic e ajustes na carteira. Mas exige paciência.
5. Vale a pena entrar agora?
Se você acredita na recuperação e tem visão de longo prazo, sim. Mas não espere retorno imediato.

